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Sara Goldman Belz

Sara Goldman Belz

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A0410

Sara Goldman Belz (São Paulo SP 1940). Pintora, gravadora, desenhista, ilustradora, curadora, artista multimídia e poeta. Inicia formação em artes plásticas em 1970, na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, onde estuda desenho com Antônio Carelli (1926). Entre 1971 e 1975, na Escola Brasil: estuda escultura com José Resende (1945), projeto com Luiz Paulo Baravelli (1942), pintura com Carlos Fajardo (1941) e desenho com Frederico Nasser (1945). Em 1974 freqüenta a oficina de metais no Senac. No ano seguinte, estuda gravura em metal no ateliê do artista Dudi Maia Rosa (1946). ComTeresinha Ehmke (1941) e Sonia Rezze forma o Grupo 4ª Feira, em 1974, que posteriormente lança dois livros, em 1978 e 1979. Participa das atividades culturais dos grupos de dança, coral e de teatro da Casa do Povo, na década de 1960. É sanitarista, formada pela Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP, em 1959. Em 1987 assume a diretoria do Paço das Artes e permanece nessa função até 1995, quando se torna assessora da Secretaria de Estado da Cultura. Entre 1992 e 1995 assume a presidência da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Estado de São Paulo - APAP.

Nascimento
1940 - São Paulo SP - 24 de fevereiro
Cronologia
Pintora, gravadora, desenhista, ilustradora, curadora, artista multimídia, poeta

1959 - Conclui graduação na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP
1970/1971 - Estuda desenho com Antônio Carelli (1926) na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap
1971/1975 - Estuda na Escola Brasil:, onde tem aulas de escultura com José Resende (1945), projeto com Luiz Paulo Baravelli (1942), pintura com Carlos Fajardo (1941) e desenho com Frederico Nasser (1945)
1974 - Faz oficina de metais no Senac
1974 - Funda em conjunto com Teresinha Ehmke (1941) e Sonia Rezze o Grupo 4ª Feira
1975/1976 - Estuda gravura em metal no ateliê do artista Dudi Maia Rosa (1946) e expressão corporal com Ana Maria Barros
1978 - Lançamento do Livro de Reproduções do Grupo, do Grupo 4ª Feira, no Masp
1979 - Lançamento do álbum de gravuras Intimismo, do Grupo 4ª Feira, na Galeria Bric
1982/1984 - Faz aulas de trabalho de corpo com José Ordonez, Wilson da Silva e Cristiana Bondini
1984 - Participa da organização do 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no MIS/SP
1986 - Aula aberta de pintura, na 5ª Semana de Arte da Fasm
1986 - Organizadora da 2ª Semana de Arte Contemporânea, no Paço das Artes
1987/1995 - Diretora do Paço das Artes
1988 - Participa da organização da 1ª Exposição Brasil-China, na Galeria de Belas Artes da China
1988 - É curadora da mostra Aquarela: tinta, pincel, água e papel, no Paço das Artes
1988 - Paricipa do projeto Mulher: espírito e matéria, no Paço das Artes
1991 - Conferência sobre Artes Plásticas, nas Oficinas Oswald de Andrade
1991 - Participa da comissão de seleção da mostra Nacional x Internacional na Arte Brasileira, no Paço das Artes
1992/1995 - Presidente da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Estado de São Paulo - APAP
1993 - Participa do projeto Arte na Estrada: Simpósio no Ministério dos Transportes e na Secretaria do Meio Ambiente - Dersa São Paulo
1993 - Participação no livro de Carlos Von Schmidt, 30 Artistas e suas Receitas
1994 - Aquisição do Projeto Metrô, para a Estação Parada Inglesa
1995 - Participa do júri do Salão de Arte Contemporânea de Limeira
1995 - Paricipa do júri do Salão Contemporâneo de Presidente Prudente
1995 - Assessora da Secretaria do Estado da Cultura
1995 - Workshops, no Sesc Pompéia
1995 - Participa do júri do Mapa Cultural Paulista, em São Roque, São Paulo
1999 - Participa do júri do 13º Salão de Artes Plásticas de Araraquara, na Casa de Cultura Luiz Antonio Martinez Corrêa
2000 - Participa da organização do 9º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Complexo Cultural Júlio Prestes
2001 - É curadora da mostra 10 Poéticas, na A Hebraica
2001 - É curadora da mostra 7 Artistas da Apap, na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Críticas
'A obra de Sara encontra-se num momento especial, onde as amarras da hesitação não encontram assento fácil. Sua criação flui gostosamente sobre a superfície de veludo, seja ele liso, enrugado, tramado, opaco ou brilhante. Há um adensamento do discurso pictórico, aflorando uma explosão de energia e cores, em suas nebulosas de emoção. Repete-se, talvez, em ponto grande o fenômeno condensado da interioridade do ser, emergindo obras plenas de cor, brilho, e de luz, numa cadência ritmada. As pinturas são gerúndio, gesto e vitalidade ininterrupta do respirar, convidando cada um que se posta à sua frente a passar para o lado de lá. A impulsividade gravita sobre cada obra e se chegarmos muito próximo ela entontece. Afastando pra mais longe, uma estranha luz se intensifica funcionando como um ímã hipnótico. A artista domina seu ofício de tal forma que a ausência de um microponto pode desestabilizar o campo visual. Há uma ludicidade no fazer de Sara, que trabalha a superfície numa atuação de liberação e movimento. A energia da ação gera texturas, que se posicionam como uma grafia de código misterioso. Surgem imagens incandescentes a exalar um odor vital, que fica entre o requintado e o do todo dia'.
Ciça França Lourenço
O REENCONTRO. São Paulo : Pinacoteca do Estado, 1985.

'A produção plástica de Sara Goldman vem configurar um caso muito particular em relação ao que os artistas de sua geração têm produzido. Curiosamente, não aderiu às poéticas da Nova Figuração dos anos 60 nem às tendências conceituais que aqui se desenvolveram durante a década de 70. Embora também não pertença à geração ligada às correntes informais, é na arte abstrata que encontra os referenciais mais significativos para sua produção. Tendo iniciado seu trabalho através das tendências figurativas, a experimentação de técnicas diferenciadas, como a xilogravura, gravura em metal, aquarela e desenho (na fase em que cursou a Escola Brasil:), veio marcar a preferência assumida pela pintura propriamente dita como meio de expressão possível para assegurar os impulsos emotivos que vêm caracterizando seu trabalho ao longo dos anos'.
Vitória Daniela Bousso
GOLDMAN-BELZ, Sara. Sara Goldman Belz. Bogotá: Galeria Arte 19, 1991.

'Observando os simulacros (as obras), a istância, eles despertam grande euforia, porque efusivamente coloridos adquirem uma performance brejeira, desinibida, exibindo um ar de festa. Mais próximos, quando presos a seus detalhes, sobressalta-nos o receio de que muitos dos objetos e das visíveis farpas da manta de fibra de vidro, embora coloridas, não percam o poder de ferir. Podem atacar-nos, se desprevenidos e alheios à agressividade virtual que emitem. Sara, hoje, trabalha o imponderável. De acordo com as circunstancias, a obra aparece com o brilho de festa ou com o brilho que fere. A dualidade implícita nas construções atuais condensa um jogo de oposições entre o bem, a festa, e o mal, a agressão virtual. A arte não existe só para agradar, para aguçar os sentimentos, mas, também, para resgatá-los. A arte incomoda. Intervém no mais profundo plano das emoções amalgamando o artista, o público e a obra'.
Radha Abramo
GOLDMAN-BELZ, Sara. Percurso e universo de Sara Goldman-Belz. São Paulo : Sesc Pompéia, 1995.

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